Semana 1 - Vídeo aula 1
"Origem Histórica
dos Direitos Humanos"
Ao longo de sua História, a
humanidade passou por situações de explorações e desigualdades sociais. Mas a
cada momento existiram pessoas que combateram essas atitudes e construíram cultural,
e socialmente valores diferentes que objetivavam a valorização humana e a
preservação de sua dignidade.
Na Antiguidade Clássica, Antígona
queria ter direito a enterrar um parente e para isso desafiou o Estado e perdeu
a vida.
Durante a Idade Media, o mundo
ocidental viveu uma grande desigualdade social, que não se baseava apenas nas
diferenças econômicas. O ser humano era considerado melhor ou pior segundo seu
berço. O nobre medieval não era apenas mais rico que o camponês, ele era de uma
categoria diferenciada de homem.
Esse período foi permeado de
doenças e fome. A população não necessariamente aceitava essa condição e por
isso o Medievo também esteve repleto de conflitos e guerras.
A modernidade foi o período em
que mais se lutou em prol da igualdade e da liberdade humana. Essas lutas podem
ser representadas por momentos históricos específicos como a Revolução Francesa
e a luta pela Independência dos Estados Unidos. Ambos os processos sofreram
influencias dos ideais iluministas de igualdade e liberdade, onde o homem, sua
racionalidade e ações eram muito valorizadas.
Mas o século XIX e suas novas
tecnologias chegaram e com eles a certeza que a humanidade ainda não vivenciava
os ideais revolucionários. A exploração e a desigualdade social prevaleciam e novamente
a luta por dignidade, por direitos deveria continuar. Porém os agentes foram
outros, os nascentes movimentos sociais e com eles a esperança de melhores
tempos...
Mas foi no século XX que a
humanidade percebeu seu poder de destruição. Nenhuma guerra até então tinha
deixado tantos mortos e tanta destruição quanto as chamadas Primeira e Segunda
Guerras Mundiais.
Na primeira guerra, devastadora
principalmente para o continente Europeu, o desenvolvimento tecnológico criar
armas que matavam muito mais e mais rápido. As trincheiras serviram de túmulos para
muitos que lutavam por seu país enquanto seus lideres permaneciam protegidos de
todo o conflito.
Na segunda guerra mundial, não
foi só o homem que sofreu risco de desaparecer, mas o próprio planeta. A bomba atômica
lançada em Hiroshima e Nagasaki semeou no coração das pessoas um temor supremo
e que perdura até os dias atuais pelo seu poder de destruição em massa.
Porém a bomba não foi a pior das
ações da segunda guerra. Tanto quanto destruidora e indignante foram as consequências
do Holocausto que matou milhões de pessoas simplesmente por serem de etnias
diferentes e terem outra cultura, outros costumes e crenças.
Depois de tudo isso era de grande
urgência pensar mecanismos para evitar novas guerras e conflitos com toda a
magnitude das anteriores, assim a Declaração Universal dos Direitos Humanos veio
em resposta a uma angustia coletiva. Era preciso pensar no homem, seus direitos
essenciais, sua dignidade.
Para concluir, é importante
refletir sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela não pode ser
vista apenas como um pedaço de papel ou uma lei a ser cumprida. É preciso
compreender que ela foi construída historicamente através de cada conflito
social, cada luta. E e representa a busca por uma humanidade mais humana e
fraterna.
Fontes:
Semana 1 - Vídeo aula 2
"Direitos Humanos no Brasil e na América Latina"
Ao analisar a questão dos Direitos Humanos na América Latina e no Brasil é possível perceber algumas particularidades. A sociedade latino-americana constituiu-se a partir dos interesses das metrópoles europeias, dessa forma a principio não existia um sentimento de coletividade em prol dos direitos das pessoas. Ao contrário, ao longo da história, diversos foram os casos de desrespeito a dignidade humana, as necessidades do outro.
As pressões e lutas sociais para
o fim da escravidão e da dominação colonial também fizeram muitas vitimas no
Brasil e na América Latina. E mesmo depois de todo esse esforço, a colonização deixou uma herança cultural que em muitos casos continua legitimando a desigualdade social e racial.
Em meados do século XX o
continente passa por mais um período de lutas contra as injustiças e a tirania.
As nações latino-americanas conviveram com governos autoritários que reprimiram
fortemente qualquer um que ousasse se expressar contra o sistema.
As pessoas foram torturadas,
exiladas e caladas. Muitas famílias até hoje procuram saber o paradeiro de seus
filhos que desapareceram durante essa página triste da História.
A sociedade demorou um para
conseguir se articular devido a grande repressão do governo. Mas com o apoio de
setores da igreja, a população começou a organizar movimentos de luta pelos
direitos políticos e civis. Reflexo disso foi a luta pela Anistia, pela
liberdade de expressão e volta a democracia.
Esse histórico de lutas
contribuiu com a formação de diversos movimentos sociais que ainda hoje lutam
por direitos e melhores condições de vida como a busca pela terra, moradia, igualdade racial e de gênero.
Mas a luta ainda está só
começando e preciso continuar até que as reivindicações dos movimentos sociais
não sejam vistas e tratadas apenas como caso de policia.
Fontes:
Semana 2 - Vídeo aula 5
"Educação em Direitos Humanos"
A representação social dos
direitos humanos na sociedade brasileira tem duas visões. Uma delas apresenta a
importância da liberdade, da igualdade de direitos e da dignidade humana. A
outra que é comumente apresentada na mídia, é que os Direitos Humanos só servem
para defender bandidos.
O tempo, a melhoria das condições
de vida da população brasileira e uma educação de qualidade, são fatores importantes
para transformar essa visão deturpada dos Direitos Humanos. A escola tem um
papel estratégico nessa mudança, pois é nela, que as futuras gerações construíram
sua nova visão de mundo. Desta forma se faz necessário que o ambiente escolar
seja favorável a uma formação alicerçada na valorização do homem e de sua
dignidade.
Professor e aluno tem que se ver
e se relacionar de maneira respeitosa, onde ambos aprendam e ensinem e
construam conhecimentos significativos para a vida em uma sociedade
democrática.
Ao pensar essa participação
democrática das pessoas, chegamos ao conceito de cidadania que pode representar
a participação ativa nos assuntos de determinado pais, nesse sentido ela é mais
limitada do que os Direitos Humanos, que não se limitam a um território. Afinal
as delimitações das fronteiras de cada nação não modificam o agente principal
que é o homem. Nesse sentido, os direitos humanos devem ser pensados como desejos
coletivos da humanidade.
A escola tem que conceber os
alunos como seres humanos e, portanto seres de direito. E nesse processo é fundamental
que os alunos tenham acesso ao conhecimento relacionado aos direitos humanos.
E
através do exercício desse conhecimento eles podem transformar a realidade em
que vivem.
Fontes:
Semana 2 - Vídeo aula 6
"Direito Internacional e a Educação em Direitos Humanos"
(ilustração de Fernando Vicente)
Pasaporte de un
apátrida
En la aduana me preguntan
De qué país soy ciudadano.
Cuando la Catrina toca su pífano de hueso
Y remienda sueños olvidados, soy mexicano.
Si al abrir y cerrar un bandoneón se despliega la calle
Y un gato recorre las cornisas del barrio,
Mi ángel de la guarda habla en lunfardo.
Si la tristeza se riega en mi cuarto,
Envalleja mi pan y mi artesa, mi plato y mi cuchara,
Soy el huayno que acompaña al hombre solitario,
Un hombre llegado de la Puna.
Veo el fantasma de Teillier y soy agua de Chile,
Compatriota de cielos y naufragios.
Si el silencio se desliza en un bote de totora,
Si las nubes mascan coca para subir a su altura
soy boliviano.
De qué país soy ciudadano.
Cuando la Catrina toca su pífano de hueso
Y remienda sueños olvidados, soy mexicano.
Si al abrir y cerrar un bandoneón se despliega la calle
Y un gato recorre las cornisas del barrio,
Mi ángel de la guarda habla en lunfardo.
Si la tristeza se riega en mi cuarto,
Envalleja mi pan y mi artesa, mi plato y mi cuchara,
Soy el huayno que acompaña al hombre solitario,
Un hombre llegado de la Puna.
Veo el fantasma de Teillier y soy agua de Chile,
Compatriota de cielos y naufragios.
Si el silencio se desliza en un bote de totora,
Si las nubes mascan coca para subir a su altura
soy boliviano.
Cuando suena una orquesta en la percusión del pecho
Lleva un sonido de trenes al túnel de la noche,
Soy de Santiago o La Habana, un lajero que regresa
A golpear con su bastón los tinglados del alba.
Si un potro recorre la llanura (si el viejo Simón Díaz
Trae un sombrero de oro, un color de araguaney),
Mi agua bautismal es Venezuela.
¿Sabe usted, impaciente aduanero,
Dónde queda Uruguay?, Queda en otro monte,
En otro mundo fabulado por un Conde sin reino.
Soy uruguayo al visitar el eco de sus cantos.
El viento trae semillas de lejanía,
Teje y desteje trenzas y nubes
Y un concilio de sombras oficia las distancias:
Soy correo de Chasquis,
Un incierto corresponsal de Gangotena.
Siempre que camino las florestas del lenguaje
Vuelvo a Darío y soy de un país
Que compone sonatinas tocadas por el mar.
Cuando intento reconciliarme con la muerte,
Soy compatriota de Barret, con él me hago oriundo
de Paraguay.
Lleva un sonido de trenes al túnel de la noche,
Soy de Santiago o La Habana, un lajero que regresa
A golpear con su bastón los tinglados del alba.
Si un potro recorre la llanura (si el viejo Simón Díaz
Trae un sombrero de oro, un color de araguaney),
Mi agua bautismal es Venezuela.
¿Sabe usted, impaciente aduanero,
Dónde queda Uruguay?, Queda en otro monte,
En otro mundo fabulado por un Conde sin reino.
Soy uruguayo al visitar el eco de sus cantos.
El viento trae semillas de lejanía,
Teje y desteje trenzas y nubes
Y un concilio de sombras oficia las distancias:
Soy correo de Chasquis,
Un incierto corresponsal de Gangotena.
Siempre que camino las florestas del lenguaje
Vuelvo a Darío y soy de un país
Que compone sonatinas tocadas por el mar.
Cuando intento reconciliarme con la muerte,
Soy compatriota de Barret, con él me hago oriundo
de Paraguay.
Entro a un mapa oculto en las manos de Cardoza,
En sus líneas soy vendedor de espigas y máiz
En la Antigua Guatemala.
Soy brasilero en Pernambuco, me apellido Bandeira
Y prefiero "el lirismo de los locos",
Los ojos de una muchacha envejecen sin remedio.
A veces soy colombiano, cuando en Ciénaga de Oro
Suenan los bombardinos
O un poeta pinta el verde de todos los colores.
¿Me entenderán en la aduana
Si les digo que soy del lugar donde te encuentres?
En sus líneas soy vendedor de espigas y máiz
En la Antigua Guatemala.
Soy brasilero en Pernambuco, me apellido Bandeira
Y prefiero "el lirismo de los locos",
Los ojos de una muchacha envejecen sin remedio.
A veces soy colombiano, cuando en Ciénaga de Oro
Suenan los bombardinos
O un poeta pinta el verde de todos los colores.
¿Me entenderán en la aduana
Si les digo que soy del lugar donde te encuentres?
*Juan Manuel Roca
(Medellín, Colombia, 1946) es poeta, ensayista, narrador y periodista, acaba de
publicar el poemario Pasaporte del apátrida (Pre-Textos).
Apátrida é a pessoa que não tem
nacionalidade. Isso acontece, pois cada país tem formas diferentes de garantir
a nacionalidade de seu povo. Para alguns países como o Brasil, tem a
nacionalidade brasileira quem nasceu em seu território ou quem nasceu no
exterior e até os 18 anos opte pela nacionalidade brasileira. Outros países como
o Japão, consideram a nacionalidade para aqueles que são filhos de japoneses. O
problema acontece quando, por qualquer razão, as pessoas imigram. No caso
acima, uma criança filha de um casal brasileiro, nascida no Japão, corre o
risco de se tornar um apátrida, pois a sua nacionalidade brasileira é apenas
provisória.
Ao longo da História essa questão
já foi muito mais grave. A questão dos judeus na segunda guerra mundial nos
ajuda a compreender a problemática da cidadania. Quando a Alemanha declarou que
os judeus não eram alemães, esses perderam qualquer direito de proteção do Estado.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos vem dar uma resposta a essa e
outras questões. Com ela, instituiu-se proteção internacional da pessoa humana.
A sociedade, a escola e o
professor têm, segundo o preambulo da própria declaração obrigações com sua
efetiva implementação. Considerando os direitos de cada educando não se
esquecendo das suas peculiaridades.
Fontes:
Semana 3 - Vídeo aula 9
"Constituição do Sujeito de Direito"
O sujeito de direito é mais do
que algum aspecto da lei ou da Declaração Universal dos Direitos Humanos, ele
deve ser construído social e historicamente, pois somente o texto legal não
garante as pessoas os seus direitos, é preciso que a sociedade assimile
culturalmente essa condição.
Ao longo da Historia a condição
especial da criança foi negligenciada pela sociedade. E até hoje, poucos são os
países que respeitam os direitos das crianças e combatem a violência contra a ela.
Na Declaração Universal dos
Direitos Humanos, a criança (pessoa de 0 a 18 anos) é vista como um sujeito de
direito pleno, mas como está em desenvolvimento tem direito a proteção da família,
do estado e da sociedade em qualquer situação que prejudiquem o seu
desenvolvimento.
A escola e seus agentes precisam
refletir sobre a situação da criança e procurar fomentar na sociedade o debate
sobre a importância de uma Educação para os Direitos Humanos de forma a contribuir
com a construção da criança e do adolescente como sujeitos de direitos.
Fontes:
http://gepafeminista.blogspot.com.br/2011/01/dos-direitos-humanos-mafalda.html
Fontes:
Nesse sentido, os referenciais vão comprometendo as nações com a temática da Educação em Direitos Humanos, avaliando os resultados e as vitórias obtidas e diagnosticando os pontos que ainda não foram totalmente contemplados e por fim aprofundando o debate e a reflexão a cerca dos direitos humanos.
Fontes:
Semana 3 - Vídeo aula 10
"Educação em Direitos Humanos no Brasil"
A educação em Direitos Humanos no Brasil está intrinsicamente
ligada a história social e cultural do país. Dessa forma, para entender e
analisar esse processo é necessário resgatar também parte dessa história que
foi marcada por dominação, lutas e conflitos na busca pelos direitos das
pessoas. A partir de 30 aumenta a luta por direitos sociais e entre eles o
acesso a educação. Atualmente ainda luta-se pela universalização da educação
infantil e do ensino superior.
Os períodos de ditadura no Brasil,
caracterizados pela grande violência e repressão, não conseguiram calar
totalmente as vozes sociais, que persistiram em lutar por liberdade, cultura e
educação. Essa resistência se deu em diversos níveis e contribuiu com a organização
de movimentos que até hoje lutam pela garantia dos direitos humanos em nosso
país.
Falar de educação em direitos
humanos hoje é preparar as novas gerações para lidar com a violência a violação
dos seus direitos e mais que isso é semear perspectivas de transformação de
mentalidade e por consequência da realidade social.
Na escolar uma educação em
direitos humanos deve contemplar 3 aspectos fundamentais, o primeiro deles e a
própria luta por uma educação em direitos humanos, o segundo é que a escola tem
o dever de apresentar os conhecimentos específicos sobre os direitos humanos e
ao mesmo tempo buscar as interações possíveis para aproximar esses conteúdos da
realidade cotidiana das crianças e dos adolescentes para que eles estabeleçam
as relações necessárias e por fim a escola tem que possibilitar que as crianças
vivenciem os direitos humanos em seus dia a dia.
Semana 4 - Vídeo aula 13 e 14
"Educação em Direitos Humanos nos documentos de referencia" e "Dimensões da Educação em Direitos Humanos"
O século XX foi palco das maiores atrocidades cometidas pelo
homem aos seus semelhantes.E em resposta a essa situação foram criados diversos
mecanismos internacionais para combater a violação aos direitos da pessoa
humana com a criação da ONU e a constituição dos diversos documentos de
referencia internacional.
- 1945 – Criação da ONU
- 1960 – Convenção relativa a luta contra as discriminações
na esfera do Ensino
- 1966 – Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
- 1974 – Conferencia geral da UNESCO
- 1988 – Protocolo de San Salvador
- 1989 – Convenção sobre os direitos da criança
- 1993 – Tratado de Viena
- 1994 – Proclamação da Década da Educação em Direitos
Humanos
- 1994 – Conferencia Internacional de Educação
- 1996 – Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 1 (Brasil)
- 2002 – Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 2 (Brasil)
- 2009 – Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 3 (Brasil)
- 1996 – Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 1 (Brasil)
- 2002 – Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 2 (Brasil)
- 2009 – Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH 3 (Brasil)
- 2010 – Pacto Interamericano de Educação em Direitos Humanos
- 2001 – Carta Democrática Interamericana
- 2001 – Conferencia Regional sobre Educação em Direitos
Humanos na América Latina
- 2001 – Plano Latinoamericano para a promoção da Educação
em Direitos Humanos
- 2003 – Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos - PNEDH (Brasil)
- 2004 – Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos
- 2003 – Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos - PNEDH (Brasil)
- 2004 – Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos
1ª
etapa (2005 a 2007): Atenção ao Ensino Básico
2ª
etapa (2010 a 2014): Educação Superior e o Sistema de Justiça e Segurança
O Brasil foi um dos países que ao
longo de todo esse processo mais apoio e ratificou os diferentes instrumentos
de defesa dos Direitos Humanos. Mas não basta a ratificação para que o milagre
aconteça. Quando qualquer país ratifica algum dos documentos de referencia, ele
passa a ter obrigação em fazer valer a busca pela garantia dos direitos
preservados nesses documentos.
É preciso que a sociedade como um
todo se comprometa em transformar as ideias contidas nesses papéis em ideais de
vida e construam coletivamente uma cultura dos Direitos Humanos através das
instituições sociais, da participação popular e de uma escola alicerçada na
Educação para os Direitos Humanos.
Nesse sentido, os referenciais vão comprometendo as nações com a temática da Educação em Direitos Humanos, avaliando os resultados e as vitórias obtidas e diagnosticando os pontos que ainda não foram totalmente contemplados e por fim aprofundando o debate e a reflexão a cerca dos direitos humanos.
Mas é preciso entender melhor o que é a Educação em Direitos
Humanos e suas características para que ela tenha êxito no Brasil. Podemos dividir a EDH em 4 dimensões principais: Conhecimento, Valores, Metodologia e Práticas.
Conhecimento: conhecimento histórico abrangendo os contextos
locais, nacionais e internacionais, etc.
- Conceitos: O que são os Direitos Humanos? O que é EDH?
- História: como se desenvolveram ao longo do tempo? Quais foram suas bandeiras e suas lutas?
- Normas: Como estão organizados? Quais são suas características jurídicas? Qual sua abrangência?
- Instituições: Onde estão? Qual a estrutura? Quais os procedimentos?
Valores: Valorização de atitudes que estimulem a cultura EDH
e valores democráticos.
- Dignidade humana
- Liberdade e responsabilidade
- Igualdade e não discriminação
- Justiça e equidade
- Solidariedade e cooperação
- Participação
- Pluralismo
- Diversidade
- Inclusão
Metodologia: Buscar métodos de estimular a participação
popular e construção coletivas dos novos conhecimentos.
- Eixo central na aprendizagem e o estimulo a participação do
estudantes através de conhecimentos contextualizados e conectados a realidade
do aluno.
- Valorização do protagonismo juvenil e organizações de
instrumentos de representação dos estudantes a nível escolar e social.
Praticas: buscar formas de colocar em prática tanto conhecimentos
como valores
- Pensamento critico
- Cidadania Ativa
- Projetos e ações
http://www.fea.usp.br/noticias.php?i=728
http://falandodaeducacao.blogspot.com.br/2012/03/saiba-como-acompanhar-vida-escolar-dos.html
http://catecismojovem.blogspot.com.br/2011/10/dignidade-humana.html
http://thisisourgod.tumblr.com/post/3365541593/a-fome-e-a-pior-das-maldicoes-e-quando-nada-mais
http://www.promenino.org.br/Ferramentas/DireitosdasCriancaseAdolescentes/tabid/77/ConteudoId/9c85cd94-fa13-4332-aa46-ef07f3f1c2a0/Default.aspx
http://nepfhe-educacaoeviolencia.blogspot.com.br/2011/06/olhar-de-crianca-e-cidadania.html
http://www.dehonbrasil.com/especiais/juventude.htm
http://www.ufpb.br/escolasplurais/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=318&category_id=3&option=com_virtuemart&Itemid=56
http://falandodaeducacao.blogspot.com.br/2012/03/saiba-como-acompanhar-vida-escolar-dos.html
http://catecismojovem.blogspot.com.br/2011/10/dignidade-humana.html
http://thisisourgod.tumblr.com/post/3365541593/a-fome-e-a-pior-das-maldicoes-e-quando-nada-mais
http://www.promenino.org.br/Ferramentas/DireitosdasCriancaseAdolescentes/tabid/77/ConteudoId/9c85cd94-fa13-4332-aa46-ef07f3f1c2a0/Default.aspx
http://nepfhe-educacaoeviolencia.blogspot.com.br/2011/06/olhar-de-crianca-e-cidadania.html
http://www.dehonbrasil.com/especiais/juventude.htm
Semana 5 - Vídeo aula 17
"Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos"
O Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos (PNEDH) criado e 2003 teve como um dos principais objetivos,
sistematizar e contribuir com a construção de diretrizes educacionais para o
Brasil, seus estados e dos municípios. Nesse sentido, cada instancia deveria desenvolver
seus próprios planejamentos pegando como eixo principal, a Educação para os
Direitos humanos. Para a construção desses documentos foi criado o Comitê
Nacional de Educação em Direitos Humanos que contou com o apoio de diversos
especialistas no assunto.
O PNEDH está dividido em cinco
áreas fundamentais:
Educação básica: que segundo o
documento deve ser vista e tratado com um direito humano e a sua prática
precisa estar norteada pelos conteúdos historicamente construídos sobre os
Direitos Humanos.
Educação Superior: traz a
necessidade da aproximação entre o ensino a pesquisa e extensão e uma maior relação
com os conteúdos e conhecimentos sobre os Direitos Humanos.
Educação não formal: e a
preocupação dos movimentos sociais e da sociedade civil, com as temáticas
voltadas para uma Educação para os Direitos Humanos e a possibilidade de
desenvolvimento de debates, reflexões e projetos que contemplem essa temática.
Justiça e Segurança: os agentes
fundamentais na criação e aplicação das leis e por consequência responsáveis pela
garantia dos direitos das pessoas. E importante articular ações que promovam uma
formação profissional baseada na ideia de proteção ao ser humanos e os seus
direitos.
Educação e mídia: que tem uma importância
fundamental na formação das pessoas e da sociedade, pois nos apresentam valores
importantes para o convívio social.
Fontes:
Semana 5 - Vídeo aula 18
"Educação em Direitos Humanos e ambiente escolar"
A educação tem uma função
fundamental na promoção e na construção de uma cultura dos direitos humanos.
Porém é preciso ter clareza que a EDH deve ser vivenciada cotidianamente através
de atitudes que valorizem suas características. Não é possível educar para os
direitos humanos sem assumir uma postura alicerçada nesses ideais. Para isso a
escola, a sociedade, a família devem organizar-se de modo a estimular a democracia
e principalmente a participação autônoma das crianças e dos adolescentes como
sujeitos de
direito na promoção da cidadania e valorização dos direitos
humanos.
O ambiente escolar compreende diversos
aspectos como:
Ações e experiências de cada um
de seus agentes.
Relações com a comunidade
escolar.
Condições sócio-afetivas.
Condições e recursos materiais.
Infraestrutura física e material.
Além dos aspectos levantados
acima e importante entendermos as duas dimensões que permeiam o ambiente
escolar:
Relações humanas, ou seja, as relações interpessoais e das pessoas com
o conhecimento:
A escola deve se transformar em
um espaço de dialogo e liberdade de expressão, nesse sentido, as ações e
projetos precisam ser pensadas e analisas por todos os agentes escolares, ou
seja, os gestores, os educadores e educandos, a comunidade escolar e a
sociedade civil. Nesse processo é importante valorizar a participação de todos,
principalmente a das crianças e adolescentes que devem ter liberdade para
organizar mecanismos de representatividade na escola e na sociedade.
A comunidade escolar e os pais
dos alunos precisar ser vistos como parceiros importantes na formação integral
das crianças e adolescentes. Dessa forma é necessário que a escola abra suas
portas para a participação desses agentes. Mais que isso a escola precisa
estimular essa participação através de ações como fóruns, conselhos escolares, projetos
onde eles possam expressar suas ideias e experiências sobre os Direitos
Humanos.
Relações das pessoas com o espaço físico:
Pensar de forma critica os
espaços da escola e o papel desses espaços na formação humana e cidadã dos
alunos, ou seja, o espaço físico deve ser visto como parte importante na
metodologia de trabalho do professor. É impossível levantar a bandeira dos direitos humanos se a própria situação da escola já é um desrespeito a eles.
Fontes:
Semana 6 - Vídeo aula 21
"Educação em Direitos Humanos na sala de aula"
Trabalhar os direitos humanos na
sala de aula é em primeiro lugar pensar a aprendizagem como um processo e principalmente
perceber o ser aprendente como a figura central nesse processo. A criança chega
ao ambiente escolar com seu próprio conhecimento de mundo e é na relação com o
educador, suas ideias, conhecimentos e metodologias que um novo conhecimento é construído.
Para aprender é preciso que o
educando esteja aberto ao novo e perceba que o aprendizado não é apenas decorar
novos conteúdos. Aprender e passar a ver e agir no mundo de maneira diferente.
Os conhecimentos sobre os
direitos humanos relacionam-se muito com os temas transversais, pois ambos
partem de um problema da realidade social e a partir dele buscam desenvolver
conhecimentos significados para os educandos em sua vida cotidiana. Esse processo
de aprendizagem pode ser dar em uma ação conjunta com diversos professores e ao
mesmo tempo em cada disciplina especificamente.
Os professores precisam articular
esses conhecimentos a metodologias ativas de aprendizagem de forma a valorizar
os alunos como sujeitos em todo esse processo. Eles constroem seu conhecimento,
pois já vem pra escola com suas experiências de vida e a partir disso, eles
valorizam e sistematizam os novos conhecimentos que são significativos para a
sua realidade. Para o desenvolvimento do aluno é preciso trabalhar tanto suas dimensões
individuais como suas dimensões sociais.
Uma metodologia que responde a
todos os levantamentos feitos acima é a Aprendizagem baseada em problemas (ABP),
pois ela estimula a ação problematizadora relacionada a necessidade de
investigação e pesquisa. O aluno passa a perceber que o conhecimento não está
apenas no professor e na escola e seus recursos, mas na sua própria vida
cotidiana ou realidade social. Esse olhar pode despertar nos alunos a busca
pelos direitos humanos.
Semana 6 - Vídeo aula 22
"Educação em Direitos Humanos e a inclusão e a acessibilidade"
Historicamente as pessoas com
algum tipo de deficiência foram excluídas do convívio social. Somente nos últimos
séculos, principalmente no século XX é que essa questão passou a ser vista e discutida
de forma a buscar meios de favorecer o convívio dessas pessoas com o restante
da sociedade. Mesmo com a nova perspectiva, as pessoas com deficiências é que
tinham que buscar meios de se adaptar a vida social.
A partir lutas pela EDH e a ideia
de inclusão é que se passou a responsabilizar o Estado e as escolas pelas
adaptações necessárias para a inclusão das pessoas com deficiências ao
cotidiano escolar e a busca para atender esse novo público nas suas
necessidades especificas através da acessibilidade tanto arquitetônica, como de
equipamentos que facilitem o desenvolvimento desse aluno.
A escola além de garantir o
acesso aos alunos com deficiências a escolaridade, também tem como obrigação a
complementação, fora do horário de aula, das necessidades de cada aluno segundo
as suas características, para isso nas escolas estaduais, por exemplo, tem as
salas de recursos, com educadores especializados para esse atendimento.
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