Saúde na escola

Semana 1 – Vídeo aula 3 e 4

“Introdução: saúde na escola” e “Saúde do professor”

No Brasil as principais causas de morte são o Acidente Vascular Cerebral (derrame), doenças coronarianas (coração) e violências externas. Analisando os dados, é possível perceber que até os 39 anos as violências ou fatores externos são as principais causas de morte. Já a partir do 40 anos as doenças de cerebrais e de coração colocam-se no topo das causas de morte.
A vídeo-aula 3 apresenta todas as temáticas que serão apresentadas ao longo da disciplina “Saúde na escola”. Traz reflexões sobre o papel da escola e desafia os profissionais da educação para o desenvolvimento dessas temáticas com os alunos:
- Crescimento físico (curva normal)
- Distúrbios alimentares (Obesidade e Anorexia)
TDH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade)
- Afetividade, sexualidade e gravidez na adolescência
- Violência escolar e Bullying
- Drogas
- Mídias, meios de comunicação
- Stress e Depressão
- Saúde do professor
- Saúde do professor

Para analisar a saúde do professor é preciso pensar na grande complexidade de relações e obrigações que o docente realiza em seu cotidiano. O seu trabalho é desenvolvido na sala de aula, na escola, em casa e de uma maneira geral na comunidade escolar. Ele precisa lidar com os conflitos entre os alunos, o grande barulho da escola, desenvolvimento de suas atividades burocráticas muitas vezes em casa, pois não há tempo o suficiente para que isso seja feito no ambiente escola, a falta de recursos didáticos e estrutura físicas precárias. Toda essa demanda muitas vezes é multiplicada, pois os baixos salários obrigam os professores a atuar em duas ou até três escolas para ter uma vida digna. Esse acumulo de funções gera um grande cansaço físico e mental que reflete em todos os âmbitos de sua vida: profissional, pessoal, social trazendo assim muitos problemas de stress e depressão.
Os principais problemas diagnosticados na saúde do professor são na voz, postura corporal e stress.
Os problemas relacionados com a voz são frutos da problemática da relação entre professores e alunos (indisciplina, barulho), problemas de infraestrura física da escola que em muitos casos não tem uma acústica apropriada para o trabalho docente.
Uma questão importante é que o decente tenha uma preocupação de prevenção, e não busque o apoio de especialistas apenas quando os problemas se agravarem. Existem também alguns pontos que podem favorecer a saúde vocal do professor como a hidratação, a busca de uma articulação apropriada, desenvolver uma variação melódica da voz para que o aluno se preste mais atenção e não seja necessária a ampliação da voz ou mesmo a repetição continua das falas.
No caso da postura corporal, principalmente em dores nas costas ou coluna, são causadas por posturas viciosas, sedentarismo, hérnia de disco, sobrepeso, lesão por esforço repetitivo, entre outros. Para minimizar esses problemas ou mesmo preveni-los é importante desenvolvimento de alongamentos antes de entrar em sala de aula e a prática cotidiana de exercícios físicos.
O stress pode ser entendido como uma reação do organismo, pode causar medo, confusão e até felicidade. Para a sua analise a aula a divide em três fases: fase de alerta, fase de resistência e fase da exaustão. A sindrome de Burnout, também relacionada ao stress tem como características a exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão, insensibilidade.
É importante buscar formas de prevenir o stress e para isso o professor, a escola e o próprio governo devem desenvolver ações que contribuam com um ambiente de trabalho mais tranquilo. O professor pode fazer a sua parte buscando valorizar a dimensão coletiva do trabalho, focalizar nas potencialidades do grupo da escola, dos alunos e da comunidade. Ser flexível a transformações cotidianas e organizar momentos de lazer, dedicados a si mesmo. No caso da gestão é importante que o trabalho docente seja valorizado, que ele tenha o apoio da direção em seus projetos e seja prestigiado pelo bom trabalho desenvolvido. O governo precisa investir em melhorias das condições de trabalhos, recursos físicos, materiais, formação e principalmente uma jornada que contemple as necessidades do trabalho docente.





Semana 2 – Vídeo aula 7 e 8

“Crescimento e desenvolvimento ponderal e hábitos alimentares” e “Distúrbios alimentares: anorexia, bulimia e obesidade”


O crescimento é dividido em três fases:
- entre 1 e 3 anos (primeira infância)
- entre 4 e 8 anos (segunda infância)
- entre 9 e 17 anos (puberdade)

O crescimento na primeira infância é diferente de um ano para o outro e o fator que mais contribui para um crescimento saudável é uma nutrição adequada. Já na segunda infância, os fatores hormonais interferem mais no crescimento.
Na puberdade é um período de grandes transformações físicas, emocionais, psicológicas e sociais. Existe uma aceleração do crescimento. Esse desenvolvimento é diferente entre os sexos. Na menina, o desenvolvimento puberal acontece de 8 a 13 anos. Nesse período ocorre o desenvolvimento dos seios, o nascimento do pelos pubianos e por fim a primeira menstruação. Nos meninos o desenvolvimento acontece por volta dos 9 a 14 anos. O primeiro sinal é o aparecimento dos testículos e crescimento do pênis e dos pelos penianos.
O estirão puberal acontece primeiro nas meninas, mas os meninos acabam crescendo mais que as meninas. É importante acompanhar o crescimento e avaliar se esse crescimento está acontecendo da maneira adequada. Toda criança deve ter um gráfico de crescimento para identificar os padrões da população, possíveis problemas ou transformações.
O sono, as atividades físicas e uma boa alimentação contribuem com um crescimento saudável. É importante acompanhar o IMC da criança, pois se ele estiver acima do padrão, a criança pode ter problemas com a obesidade na fase adulta.
A sociedade contemporânea tem valores voltados para o culto do corpo e da beleza física. Esse fator é relevante para o desenvolvimento de alguns distúrbios alimentares, principalmente no período da adolescência que é um período de transformação onde há um aumento da necessidade de ingestão de alimentos.
Os principais distúrbios alimentares são anorexia, bulimia e obesidade. Existem diversos fatores que podem contribuir com o desenvolvimento de cada um deles. Os distúrbios alimentares podem alcançar os extremos da magreza e da obesidade. As causas desses problemas podem ser genéticas, hormonais, psicológicas, ou se relacionarem a conflitos nas relações familiares e socioeconômicas.
A anorexia distorce a maneira como a pessoa se vê, ou seja, mesmo com o peso adequado ou mesmo abaixo do recomendado, a pessoa com distúrbios se vê gorda. Esse medo mórbido de engordar reflete as representações que a sociedade construiu sobre padrões de beleza e o culto a magreza. A anorexia costuma aparecer mais cedo que a bulimia. E tem alto índice de mortalidade e pode também desenvolver-se de forma crônica.
O termo bulimia significa fome de boi, constitui-se de compulsão alimentar. A pessoa come exageradamente. Mas ao mesmo tempo, tem medo de engordar e uma grande culpa por ter comido muito. E por isso desenvolve métodos compensatórios como vômitos e diarreias forçadas por laxantes.
Na obesidade ocorre o armazenamento de energia no tecido adiposo. Ela acontece por diversos motivos. Por causa dos fatores genéticos há mais probabilidade de obesidade em crianças filhas de pais obesos, pois existe uma predisposição alimentar, ou seja, as crianças imitam os padrões alimentares dos pais. O baixo gasto energético, o sedentarismo hábitos alimentares irregulares, grande consumo de produtos industrializados contribuem com o distúrbio da obesidade.
Para o tratamento da obesidade se faz necessário orientação alimentar, mudanças de hábitos e atividades físicas. No caso do tratamento em crianças se faz necessário que a mudança de hábitos seja desenvolvida em conjunto com toda a família, pois os filhos tendem a seguir os padrões paternos.
O professor tem um papel importante no diagnostico desses distúrbios, pois acompanha os alunos na vida cotidiana. A escola tem que ter sensibilidade e olhar diferenciados para a educação alimentar no ambiente escolar e na vida cotidiana.


Semana 3 – Vídeo aula 11 e 12

“Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH” e “Retardo Mental e Autismo”


O professor precisa saber identificar o TDAH. Ele é um transtorno comportamental e neurobiológico.  Tem suas principais causas em questões genéticas e ambientais. Aparece na infância e pode acompanhar a pessoa por toda a vida.
As principais características são desatenção, hiperatividade e impulsividade. Estão organizados em três tipos:
Predominantemente desatento: mais comum em meninas. Atrapalha muito o processo de aprendizagem e o desenvolvimento acadêmico. São crianças distraídas e desorganizadas. Costumam se isolar fugir das atividades em grupo.
Predominantemente hiperativa-impulsiva: nesse caso, são crianças  inquietas, agitadas e agressivas, mesmo que liderem os colegas, isso acontece por medo e não por gosto ou respeito.
O tipo combinado contempla todas as características do TDAH. As crianças com esse transtorno costumam ser rejeitadas pelos demais alunos pois agem de forma inadequada.
É comum esse transtorno passar despercebido pelos pais. Dessa forma, a escola tem a função de observar as crianças e o seu processo de aprendizagem. Alguns sintomas mais aparentes são os problemas no desenvolvimento das habilidades linguísticas, dificuldade para ficarem sentadas ou organizarem desenhos em espaços reduzidos ou mesmo terminar tarefas iniciadas. Aparentam ser desajeitadas por ter pouca coordenação motora.
O TDHA pode ser sua causa em fatores genético, biológicos, físicos ou psicossociais. E suas consequências podem ser muito danosas para a criança, pois ela pode perder todos os estímulos e até mesmo adquirir um quadro depressivo.
O diagnostico é feito com uma avaliação com a família, a criança e a escola para avaliar se os sintomas acontecem em todos os ambientes, ou apenas em atividades que não são interessantes para a criança.
O tratamento deve ser feito com o acompanhamento da família e da escola e é preciso entender as causas para trabalhar em cima delas. Pode-se usar medicação ou tratamento de psicoterapia.
A escola deve intervir junto aos alunos, a família e a própria comunidade. Essa intervenção deve basear-se em educação, busca por resoluções, quebra de estereótipos para estimular a melhoria da autoestima.
 A vídeo-aula 12 nos apresenta a definição de “retardo mental”, caracteriza-se por  crianças e pessoas que possuem habilidades intelectuais abaixo da média. Esse retardo inicia-se antes da maioridade e traz diversas consequências para a vida dessa criança como problemas nas estruturas cotidianas, na comunicação e interação com as outras pessoas. Pouco desenvolvimento da coordenação motora e dificuldade para cuidar de si além das atividades intelectuais.
Existem três principais tipos de retardo mental:
Leve: A criança tem dificuldades mais consegue se expressar e no geral é independente nos cuidados pessoais. E consegue ter uma vida próxima da normalidade.
Moderado: A criança tem maiores dificuldades na vida acadêmica e se desenvolve mais em turmas com outras crianças com deficiências.
Grave: A criança precisará um apoio continuo por toda a vida. Os problemas de saúde são mais intensos.
Atualmente o retardo mental pode ser diagnosticado já na gestação, o que facilita a organização dos pais para um tratamento adequado. Nesse tratamento a criança precisa de estímulos positivos e treino para a vida cotidiana e social.
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que prejudica a interação social, a aquisição da linguagem. É mais comum entre meninos, os comportamentos de crianças com esse transtorno são repetitivos. Normalmente a criança é diagnosticada por volta dos dois anos de idade, quando já deveria ter desenvolvido a fala. Elas evitam o contato visual e não regem aos cuidados dos pais.
Crianças autistas gostam de brincadeiras estereotipadas e repetitivas. Se incomodam e ficam agressivas com alterações na rotina. Na escola são resistentes ao aprendizado de novos conhecimentos e não gostam de interagir com outras crianças.
O professor precisa desenvolver um tratamento individualizado com o aluno autista. E além da escola, é preciso um acompanhamento especializado, terapia comportamental e o aconselhamento dos pais.



Semana 4 – Vídeo aula 15 e 16

“Sexualidade na escola” e “Sexualidade e prevenção de risco”


O adolescente sofre três lutos: a perda do corpo infantil, a perda dos pais da infância, e a perda da identidade e do papel sócio-familiar. Na primeira fase da adolescência, acontece uma transformação das relações e o foco principal do adolescente são os pares e o sexo oposto. Existe um questionamento sobre a normalidade do corpo. A segunda fase é marcada pelas ultimas transformações físicas. A começa a ficar claro o seu papel na família e na sociedade. Um dos maiores paradoxos é o desejo de independência frente a grande dependência da família. No fim da adolescência o corpo já se desenvolveu por completo e a identidade sexual já está formada. Os jovens já vivem relacionamentos íntimos e começam a se identificar como adultos.
É na adolescência que se iniciam diversas práticas sexuais como a masturbação, o namoro, o desejo homossexual, o sexo entre outras. É importante desmistificar o ato da masturbação dos estigmas negativos que historicamente se construiu em nossa sociedade.
Meninos e meninas pensam a relação de formas diferencias e portanto, eles preferem ficar, pois isso não lhes acarreta compromisso, enquanto que as meninas preferem namorar.
Outro assunto que ainda é um tabu em nossa sociedade é homossexuais. Mesmo com leis garantindo seus direitos de união estável, possibilidade de adoção de crianças, o preconceito e a violência contra esse grupo é muito grande. Para que essa situação mude é importante um trabalho com as novas gerações, para que esses preconceitos não se legitimem.
Existe uma grande dificuldade de desenvolver um trabalho sobre sexualidade na escola. As taxas de gravidez na adolescência demostram o quanto é importante a discussão sobre essa temática. Outro ponto fundamental é analisar a questão do aborto, suas consequências e riscos e a , seus números, riscos e o favorecimento de dialogo aberto sobre a prevenção de gravidez não desejadas.
A escola precisa romper com essas barreiras e desenvolver um projeto significativo sobre a sexualidade como meios de prevenir a gravidez indesejada, o aborto e também as doenças sexualmente transmissíveis.



Semana 5 – Vídeo aula 19 e 20

“Violência na escola” e “Bullying”


A escola atualmente sofre com um grave problema em seu cotidiano. A analise da violência no contexto escolar atinge diversas dimensões. Ela acontece na relação entre alunos e também na relação professor e alunos.
Existem diversos fatores que contribuem com esses distúrbios de conduta. Nesse sentido o contexto familiar e social é um dos mais importantes. A grande desigualdade social, o abandono da família ou mesmo a falta de limites gerada por um acompanhamento familiar precário. Além desses aspectos a proximidade com a criminalidade também podem influenciar no comportamento dos alunos. Estatisticamente os meninos estão mais sujeitos a condutas violentas.
Atualmente existe um conceito para caracterizar certos tipos de violência que acontecem no ambiente escolar, o Bullying. O termo pode ser definido como atos de agressões físicas, verbais ou morais, que acontecem repetidamente com determinados alunos sem motivos aparentes. Essas ações podem acontecer em todos os espaços escolares.
Os agressores normalmente se sentem melhor ou superior as suas vitimas. Mas em alguns casos os mesmos já sofreram algum tipo de agressão, seja em suas famílias ou mesmo em suas relações com outros alunos.
As vitimas do bullying normalmente tem diferenças étnicas, religiosas, sexuais ou mesmo características físicas diferentes das aceitas socialmente como os obesos. Com frequência as vitimas não denunciam ou procuram ajuda, por medo ou por acreditar na impunidade dos agressores. As consequências para as vitimas do bullying são o baixo rendimento escolar, a falta de vontade de ir a escola, depressão.
O professor e a comunidade escolar como um todo tem que refletir sobre essa temática, ter um olhar sensível ao comportamento dos alunos e principalmente buscar desenvolver ações de estimulo a paz, fraternidade e campanhas contra o bullying e a violência como um todo.



Semana 6 – Vídeo aula 23 e 24

“Uso de substancias psicoativas” e “Mídia e comportamento”


O tema “Substancias psicoativas” normalmente chamadas de “drogas” é um assunto que preocupa a sociedade como um todo.
Existe uma grande diferença entre as drogas, algumas são consideradas licitas e outras ilícitas. Porém mesmo as licitas sofrem algumas limitações da legislação e da sociedade como o tabaco e o álcool.
Diversos estudos procuram compreender que o fenômeno de uso de drogas tem motivações, sociais, ambientais, físicas e biológicas. O que significa que cada pessoa tem sensações diferenciadas com o uso.
O aumento do uso de drogas gera uma reflexão sobre a necessidade de encontrar prazer em alterações químicas. Além disso, ela tem sido usada cada vez mais pelos jovens e adolescentes e isso traz muitos danos para o desenvolvimento desses indivíduos.
O adolescente tem uma especificidade no uso de substancias psicoativas, que é a mistura de diversas drogas. Essa ação aumenta os efeitos dessas substancias. Os adolescentes estão mais vulneráveis ao uso das drogas principalmente porque estão em períodos de transformação, buscando ser aceitos pelos seus pares.
Os problemas advindos do uso de drogas abrangem diversos níveis da sociedade como as relações familiares, profissionais, educacionais. A família tem que repensar seus próprios padrões de consumo, pois o adolescente que cresce em uma família que utiliza álcool ou tabaco tem grandes possibilidades repetir os padrões dos pais. Na escola é preciso que os professores estejam preparados para orientar os alunos sobres os riscos e os problemas do uso dessas substancias, mas de forma coerente e não opressora para não afastar o aluno.

 Mídia e comportamento

Atualmente as mídias podem ser consideradas como importantes meios de socialização. Elas desenvolvem modelos de conduta e valores que acabam moldando os comportamentos sociais de um povo.
As crianças reproduzem esses modelos, pois elas aprendem através da imitação. É comum inclusive comportamentos agressivos de desenhos animados ou jogos transformarem as próprias atitudes de crianças principalmente os menores de oito anos.
As transformações tecnológicas contemporâneas trouxeram essas mídias maciçamente para o ambiente familiar. Portanto as crianças passam muito tempo expostas a cenas inapropriadas para a sua faixa etária. O impacto das mídias nas crianças e adolescentes trazem diversos problemas como transtornos alimentares, uso de drogas, precocidade sexual, dificuldades educacionais, atitudes violentas, etc.
Existe uma grande lacuna no que diz respeito a educação sexual. Tanto a família como a escola negligenciaram essa temática e as crianças e adolescentes tem buscado essas informações na internet. A família tem que assumir o seu papel na orientação sexual das crianças e a escola deve ser preparar para apoiar a família nessa ação. Além disso, ambas precisam educar os jovens e adolescentes para o uso adequado das mídias, para evitar todas as consequências de seu mau uso.